Dois dias depois de um gás ter sido jogado no Avenida Tênis Clube (ATC), durante um show do cantor Armandinho, ainda sobram perguntas e faltam respostas. Quem teria atirado os frascos no salão e no banheiro, que tipo de substância era e de quem deve ser atribuída a responsabilidade ainda são perguntas a serem esclarecidas.
O delegado Sandro Meinerz, responsável pela Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA), que deve conduzir a investigação, disse que, nesta semana, a adolescente que registrou boletim de ocorrência sobre o caso deve ser ouvida. A partir do depoimento dela, que será prestado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), é que devem ser definidos próximos passos da investigação:
_ Primeiro, é preciso esclarecer se houve este gás e como aconteceu. Depois, vamos ver se há mais alguma informação para esclarecer alguma responsabilidade _ explica o delegado.
Conforme o vice-presidente jurídico do ATC, Alan Vargas, o clube deve instaurar um procedimento interno para apurar o que aconteceu e contribuir com as autoridades que investigam.
_ A responsabilidade do clube é oferecer instalação física para os eventos. (O ATC) Tem alvará de localização, tem alvará dos bombeiros, tem licença ambiental. O que aconteceu foi um tumulto pequeno, que teve uma resposta muito boa, com a evacuação rápida, em menos de um minuto, e também de atendimento das pessoas. Em regra, o contrato foi respondido _ defende.
Um jovem que estava no show e saiu na hora do tumulto, por estar com bastante tosse e com a garganta fechada, explica que, no local, havia fumaça de cigarro:
_ Isso eu posso garantir, vi gente fechando cigarro de maconha, vi gente fumando, e o cheiro estava tão forte que abriram as portas para entrar ar.
Vargas explica que a informação que recebeu é de que as portas de emergência só foram abertas na hora do tumulto e que elas devem ficar fechadas em uma situação normal por causa da sinalização.
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